terça-feira, 19 de abril de 2011

Quase nada...

"(...)
Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranquila em nada, feliz em nada. Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí, quase desisto de tudo. Quase ignoro tudo. Quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase. E, um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vai se tornar um nada. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por você nunca ter sido inteiro para mim que meu fim de amor também não consegue ser inteiro.

Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto para você. O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, sem você é sempre: "Quase nada".
(...)"

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